Está chegando ao Brasil uma alternativa que promete ser segura e sustentável para controlar as fêmeas do mosquito Aedes aegypti. Este mosquito – espécie invasora vinda da África - transmite doenças virais perigosas, incluindo dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A Oxitec, do Reino Unido, desenvolveu a marca registrada "Aedes do Bem" e recentemente anunciou uma parceria com a Rentokil para distribuir o produto em todo o país, tanto para o setor público quanto para o privado, segundo comunicado das empresas.
A Oxitec fabrica o Aedes do Bem™ no Chrysalis, seu Centro de P&D e Manufatura em Campinas, São Paulo, que abastecerá os centros de distribuição da Rentokil em todo o Brasil.
Em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes confirmadas por dengue, 400% mais que no ano anterior e o novo recorde histórico. O número de casos de dengue registrados em 2022 foi de cerca de 1,4 milhão – 164% a mais do que em 2021, segundo o Ministério da Saúde citados pela Oxitec.
A Oxitec afirma que o Aedes do Bem™ é um produto simples e fácil de usar – é ativado apenas com a adição de água. A caixa produz mosquitos machos que não picam e não transmitem doenças, e têm a função de acasalar com fêmeas invasivas do Aedes aegypti. As fêmeas resultantes desse acasalamento não sobrevivem, o que significa menos mosquitos fêmeas nas gerações seguintes.
Em pilotos urbanos na cidade de Indaiatuba-SP, o tratamento com Aedes do Bem™ em bairros densamente povoados levaram à supressão de até 96% das populações de Aedes aegypti, e uma eficácia de 100% no controle de fêmeas descendentes dos Aedes do Bem™ liberados.
O produto também promete ser amigo do meio ambiente - controla o mosquito da dengue sem prejudicar espécies benéficas como abelhas e borboletas.
